O penúltimo dia de maratona de distribuição de livros nas ruas terminou em grande estilo. Encontrei Karl na cidade de Coventry e mostrei-lhe o Bhagavad-gita. Expliquei que trata-se de um livro de sabedoria antiga que oferece uma compreensão abrangente do verdadeiro significado e propósito da vida.

Karl respondeu argumentando que não queria ler qualquer livro sobre o propósito da vida que não fosse escrito por “Prabhupada.” Sua pronúncia do nome não foi totalmente precisa, mas imediatamente compreendi a quem ele se referia, e fiquei simplesmente aturdida.

Virei o livro e mostrei a foto de Srila Prabhupada. Seus olhos se iluminaram e sua expressão disse tudo: ele estava atônito. Empolgado, disse que fora solto da prisão há 4 semanas e meia, e que quando lá estava havia lido o livreto “Cante e Seja Feliz.” Começara então a cantar o maha-mantra Hare Krishna. Ele disse que quando cantou o mantra pela primeira vez, sentiu uma “forte sensação dentro do estômago, um sentimento surreal sem explicação.”
Mais tarde, ele percebeu que o mantra o ajudou a eliminar completamente um vício em drogas contra o qual ele lutava, e sentiu que nunca mais cairia novamente vítima delas.

Karl disse que cantou por vários meses na prisão e recomendou a muitos de seus colegas lá a lerem o folheto, pois o maha-mantra deu-lhe um sentimento indescritível que ele jamais havia experimentado.

Ele confessou que até mesmo ligou da prisão para sua mãe, dizendolhe que ele agora era “consciente de Krishna”, embora não soubesse muito bem o que isto significava. Isto me fez rir. Ele também admitiu que parou de cantar nos últimos três meses pois o peso de seus problemas havia exigido demais dele, especialmente nessa fase de reconstrução de sua vida, a qual estava realmente bagunçada.

Falei sobre a importância de manter a fé e enfatizei como o Bhagavad-gita o faria “corajoso” e não “temeroso”, livrando-o da prisão da mente. Juntamente com o Bhagavad-gita, dei-lhe um exemplar do Veda e uma cópia pessoal do Cante e Seja Feliz. Expliquei que os livros de Srila Prabhupada moldarão seu caráter à excelência, e, consequentemente, o peso dos problemas
parecerá insignificante e sem importância.

Confirmei que o nosso caráter determina o quanto Deus nos eleva, e que Ele também concede atenção especial a quem canta Seus santos nomes. Karl estava verdadeiramente inspirado, e deixou seu contato.

Foi o segundo ex-presidiário que encontrei hoje. Na manhã conheci um outro rapaz que leu o Bhagavad-gita na prisão e, como resultado, adquiriu um Veda comigo hoje.

Sinto-me muito feliz com esses encontros, que demonstram a potência dos livros de Srila Prabhupada. Eles transformam vidas, e deixam uma impressão positiva permanente.

Sua Serva, Gurushakti Dasi.

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