Alguns meses atrás, eu estava distribuindo livros no centro de Porto Alegre e vi o general Vilas Boas (na época, o comandante do Exército do Brasil) vindo em minha direção. Velho e doente, ele estava sendo empurrado em uma cadeira de rodas, cercado por duas dúzias de militares e guarda-costas de alta patente.

Parecia um akshauhini invencível.

As chances de poder falar com ele eram pequenas, mas era uma oportunidade boa demais para perder, então decidi aproveitar a mentalidade hierárquica dos militares.

Eu me aproximei de um militar do lado e exclamei: “Você deve ser o general, certo?”

Ele timidamente respondeu: “Não, ele é o general!”

O general ouviu e olhou em minha direção. Eu respeitosamente o cumprimentei e me aproximei dele. Seus guarda-costas não me impediram.

Ele perguntou o que eu estava fazendo, e eu disse que estava distribuindo livros da antiga sabedoria védica, conhecimento sobre a alma e autorrealização. Vendo seu interesse, mostrei-lhe livros e ele fez um pequeno set. Ele perguntou quanto custariam, e eu pedi a ele para doar do seu coração. Ele sinalizou a um dos homens e deu uma generosa doação.

Falei um pouco mais com ele sobre a alma imortal e nos separamos. A interação foi positiva, e muito mais profunda e pessoal do que se tivesse sido uma reunião formal. Ele é um homem bom e piedoso, e ele adquiriu os livros em um bom momento, enquanto sofre de uma doença.

Espero que ele se torne um vaishnava e se junte ao nosso movimento em sua próxima vida. Sua honestidade e liderança seriam muito apreciadas no serviço de Krishna.

Seu servo,

Caitanya Chandra Dasa

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