Rohini Suta Dasa: Cuidado com a
palavra yoga. Não os faça pensar que
estão comprando um livro de exercícios
de yoga. Essa é a única compreensão
que eles têm de yoga. Temos que dizer
a eles que nosso livro é sobre bhaktiyoga, uma forma prática de yoga que
podemos introduzir no nosso diaa-dia. O mesmo acontece se você
mencionar Gandhi. Não diga que o
livro é sobre Gandhi ou a sabedoria
de Gandhi. Se você acha que é bom
mencionar Gandhi, você deve dizer
claramente que este foi um livro que
Gandhi gostava e lia muito.
Jahnava Devi Dasi (EUA): Eu digo
às pessoas que o livro é sobre
consciência elevada. Nos ensina como
entender quem somos além de nosso
corpo e mente. Somos a alma dentro
do corpo – efulgente, bem-aventurada,
eterna. Este livro nos ensina como
obter a liberdade do sofrimento, da
inveja, da ganância, da ira e do medo
da morte – esse é o potencial ilimitado
que cada um de nós tem. Ensina
yoga, ou conexão com Deus. Então,
lendo este livro, você pode entender
quem é Deus e como desenvolver seu
relacionamento com ele. Isso é yoga
de verdade. Você pode experimentar
a presença de Deus em seu coração
todos os dias, se quiser. O BhagavadGita é um ótimo livro. Descreve como
podemos entender este mundo e não
nos confundir com ele. Eu conto a
história de Krishna e Arjuna ou, se é
o Bhagavatam, a história de Maharaj
Parikshit. Gosto de pregar diretamente.
Às vezes eu leio um verso do BhagavadGita, e eles adoram. Às vezes digo
às pessoas que estou fazendo uma
pesquisa, e esta é a pergunta: “Se
você não é seu corpo ou mente, quem
é você?” Você ficaria surpreso com as
respostas que as pessoas dão. Eles
realmente se envolvem nisso. Essa é
outra boa maneira de pregar para as
pessoas, faça perguntas, envolva-os!
Eles gostam de ser questionados. Se
for um estrangeiro, você pode deixar
simples. “Este livro é um presente da
América para o seu país pela paz,
prosperidade e amizade.” Eu sempre
digo a eles meu nome, e então pergunto:
“O que você faz? De onde você é?” Ou
tento adivinhar. Fazendo o aeroporto
de Nova York, posso adivinhar de
onde qualquer pessoa é. E elas ficam
maravilhadas. “Você é da Nigéria, não
é?” “Como você sabia?” “Bem, eu tenho
percepção extra-sensorial” ou “Porque
você é famoso”. Então nós rimos e eles
ficam encantados com qualquer coisa
espirituosa que possamos dizer.
Jiva Dasa: Costumo dizer que este
é um livro que descreve uma cultura
baseada na autorrealização, e sempre
pergunto se eles já ouviram falar de
yoga, meditação e coisas assim, só
para fazê-los pensar. E vou um pouco
mais fundo quando digo que os livros
explicam que havia uma sociedade
avançada no mundo há milhares de anos.
Eu digo algo e depois volto a envolver
as pessoas. Todas as perguntas que
fazemos têm um propósito: dar a eles
um livro, prender sua atenção e fazer
com que concordem conosco até o
fim, quando naturalmente concordam
em pegar o livro. Esse é o ponto ao
qual o distribuidor de livros deve leválos.