Jaya Jaya Maratona! Maratona Maratona, Jaya Jaya Maratona!

Ofereço minhas mais humildes reverências aos devotos e devotas que estão no magnífico exército de Sri Chaitanya Mahaprabhu, tanto nas ruas, quanto nos quartéis-generais e que tornam possível o resgate de todas as almas condicionadas do cativeiro de Maya!

Para todo(a) sankirtaneiro(a) a maratona é uma meditação que nos acompanha
durante todo o ano, e que simplesmente passa a ser ainda mais intensa nos meses
de julho e dezembro, quando, então, não há mais tempo para meditar em outra coisa,
senão em como espalhar a misericórdia de Krishna e Srila Prabhupada na forma da literatura transcendental para o maior número possível de pessoas.

Durante o ano todo o devoto se prepara para a maratona. E, durante a maratona, todo devoto se prepara para o resto do ano. A maratona está tão entranhada na vida do sankirtaneiro da ISKCON que me parece estranho e descabido a idéia de um ano sem maratonas. Inclusive, os devotos nas ruas contam sua permanência no movimento em número de maratonas – “eu estou há 5 maratonas recebendo o néctar da associação de todas essas grandes almas”.

Então, alguém pode me perguntar: Por que todo esse entusiasmo com a maratona?

Bem, vou te contar: Nós estamos todos os dias entoando esse pedido: “Por favor Senhor Krishna, por favor Srimati Radharani, me tornem um instrumento do divino amor!”, e é na maratona de distribuição de livros que temos a melhor oportunidade de ver isso acontecendo na prática, quando temos que abnegar a prasada opulenta, o descanso extra, o conforto do templo e nos expor a tantos inconvenientes para poder experimentar o gosto, mesmo que muito parcial, da rendição completa, da total absorção na consciência de sankirtana.

O que acontece é que o devoto fica “Sankirtanizado”, fixo na missão de difundir os livros. E, dessa maneira, tudo aquilo que possa nos distrair do intento transcendental torna-se imediatamente abominável, há uma pressão psicológica autoimposta pelo devoto para a satisfação de todos os outros devotos, as orações se intensificam, o cantar dos Santos Nomes assume uma urgência que beira o desespero e as experiências que recebemos desse período intenso de entrega são tão marcantes, a purificação é tão intensa, a exaustão é tão grande, que todas as práticas que seguem esse momento têm seu sentido renovado. Nós ficamos muito satisfeitos de voltar
para a rotina do templo, para o sadhana fixo.

Porém, ainda assim o gosto profundamente marcante que fica nos impele a perguntar: quanto tempo falta até a próxima maratona começar?

Seu servo,

Vinay Sri Nitai Dasa.

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