Navina-Nirada dasa: Eu utilizo um estilo simples, diretamente centrado nos livros. Você explica o que você quer, o que são os livros – você menciona sânscrito ou outras coisas. Pessoas acima de quarenta anos, especialmente empresários ou pessoas educadas, sabem acerca de sânscrito e apreciam. Claro, eles vêem que há
algum idealismo envolvido. É óbvio. Nós somos jovens e trabalhamos para propagar
clássicos indianos e nós mesmos os estudamos.
Você pode mencionar o templo, centro de pregação ou fazenda. O que quer que se encaixe em sua apresentação. Eu sempre digo que o endereço está no livro. Às vezes, dou meu nome. Você não pode dizer que somos monges indianos puros, que descemos dos Himalayas e que escolhemos este Shopping Center, e que aqui estamos, distribuindo os clássicos mais elevados do sânscrito em sua língua natal. Eles não irão aceitar isso. Especialmente porque eles nos vêem em todo lugar. Eles
podem até pensar que nós estamos escondendo algo através de tais explicações.

Eu também menciono, às vezes, que nossos livros não têm nada a ver com religião.
Eles são universais. Isso as pessoas conseguem entender facilmente, pois somos
professores de Bhakti-Yoga. Ensinamos a todos: cristãos, hindus, judeus, até mesmo
ateus – e as pessoas sabem que todos vão à escolas de yoga.

A ideia de sermos uma “seita” ou “culto” não penetra em suas mentes. Quando eles
vêem que é Hare Krishna, eles naturalmente concluem que, enfim, Hare Krishna é
fidedigno. Eles sabem o que estão fazendo. É aberto e claro: eles vendem livros por
um preço justo, estudam e ensinam a sabedoria desses livros em sânscrito.