Harinamananda Dasa: Devem haver as técnicas básicas, mas é importante saber que alguém não pode imitar as técnicas de outros devotos. Deve-se entender que distribuição de livros é completamente individual e alguém deve distribuir de acordo com sua capacidade e natureza. No meu caso, o primeiro ponto em abordar as pessoas é a minha aparência. Eu sempre tenho um monte de livros no meu braço, então quando as pessoas me vêem, elas imediatamente sabem que alguma coisa está acontecendo. Eles percebem que nós não somos uma seita com apenas alguns livretos que nós damos. Eles vêem uma pessoa carregando uma enciclopédia inteira. Se nós contatamos as pessoas desse jeito, elas se impressionam. Eles entendem que algo está acontecendo, e eles querem ver o que é. E ninguém pensa que isso é de graça. Você nem precisa mencionar isto. Eles perguntam: “O que eu posso te dar?”. Eu posso ver que quando alguém está andando por aí timidamente, sem vida e sem entusiasmo, as pessoas não se atraem. Por mais que ele pareça humilde e reservado, ninguém se atrai. Ninguém está disposto a ouvi-lo. Eles não estão nem inspirados para parar e ouvi-lo. Mas se você está vivaz representando algo e embasando o que você está fazendo e falando, então as pessoas ficam impressionadas que você saiba o que está fazendo. Uma atitude fraca, medrosa, sem fé e sem determinação, simplesmente atrai os demônios e outras pessoas invejosas, e eles vão tentar pará-lo completamente. Mas quando há poder e convicção, Krishna fica muito satisfeito e Ele dá toda a proteção, e alguém pode explodir, ultrapassando os próprios limites.

Quando eu abordo as pessoas, eu não faço uma distinção entre pessoas. Eu não distingo baseado em aparência externa. Claro, tem dois casos diferentes. Quando em porta em porta ou no comércio, alguém é forçado a abordar todo tipo de pessoa. A outra possibilidade é que na rua ou em lugares públicos, muitas pessoas estão vindo ao mesmo tempo. Então alguém tem que selecionar quem ele quer abordar. Se eu tenho que escolher entre um homem idoso, uma dona-de-casa, ou uma pessoa jovem, que parece sã, então eu obviamente vou até a pessoa jovem. Mas se tem apenas poucas pessoas, então eu não faço nenhuma distinção. Eu abordo todos, mesmo as pessoas mais velhas e os sudras. Isso é importante porque a nossa filosofia é de não fazer distinção.

Como eu abordo pessoas na rua, eu tento surpreendê-las um pouco. Quando eu estou numa rua aberta ou em um estacionamento, eu tento abordar elas por um ângulo para surpreendê-las de outro. Eu tento evitar ser visto a cem metros de distância, vendendo outra coisa. Caso contrário, o sistema de defesa nas suas mentes começa a funcionar. Alguém deve ser inteligente e surpreender a pessoa, mas não as chocar, especialmente as senhoras. Dessa forma, as pessoas são confrontadas com uma situação completamente nova, e a sua mente é surpreendida. Eles não sabem como classificar a nova situação. Então alguém tenta encorajá-los: “Você também é desta cidade? “ “Sim.” “Então nós temos algo legal para você. “Ou “Não.“ Então “Oh, que bom que você veio porque nós estamos vendendo estes livros hoje.“ Enquanto isso, eu dou a eles dois ou três livros para que eles tenham algo para segurar. Se alguém pode fazer isso com algum entusiasmo, então as pessoas também se tornam entusiastas pelo processo todo. O ponto mais importante é que as pessoas segurem o livro em suas mãos. Eu posso dizer, pela minha experiência, que 90% das pessoas que não pegam o livro nas suas mãos não o compram. Alguém não precisa investir muito tempo – alguém pode ir imediatamente para a próxima pessoa. Não precisa perder tempo com tais pessoas. Claro, existem exceções, e você precisa estar alerta para senti-las.