Jaya Gurudeva Dasa: Se alguém não é um maharatri, pode considerar pregar um pouco para pessoas interessadas. Mas se alguém é um maharatri, se alguém pode distribuir muitos livros, não deve perder muito tempo. A pessoa deve exclusivamente distribuir livros. Os livros falam por si só. Porque se alguém é empoderado por Krishna para distribuir centenas de livros num dia, Krishna não vai enviar certos tipos de pessoas. Tal distribuidor tem uma convicção profunda sobre a distribuição de livros – ele tem um tipo diferente de shakti – e, geralmente, ele distribui os livros, e as pessoas não fazem perguntas. Harinamananda pode dar um conjunto completo, e as pessoas não fazerem nenhuma pergunta. Elas apenas compram os livros, e falam que compraram os melhores livros do mundo. As pessoas sabem disso, elas têm certeza, mas não fazem nenhuma pergunta. Mas, no caso de outro devoto, perguntam: “Que tipo de livro é esse?” E o devoto explica. E não tem nenhum problema nisso, se não assustamos a pessoa com nossa explicação. Nós somos todos indivíduos. Cada devoto tem um jeito específico de distribuir livros.

Gauri Devi Dasi: Eu comecei a distribuir livros em 1971 ou 1972, em Nova Iorque, no terminal de ônibus de Port Authority. Nós distribuímos Bhagavad-gitas grandes abordando diretamente as pessoas, trocando apertos de mãos, nos apresentando e apresentando os livros. Era uma abordagem simples, e nós experienciamos muita satisfação e reciprocidade com as almas condicionadas. Nós aprendemos rapidamente que não apenas haviam pessoas interessadas, mas  que também ficavam fascinadas pelos livros de Prabhupada quando nós começávamos a pregar de verdade para elas. Nós logo ficamos tão entusiasmados que deixamos uma grande seleção de livros nos armários da Port Authority, assim como prasada, contas de japa e imagens do templo e das Deidades. E nós apresentávamos tudo isso se nós achássemos alguém interessado no sankirtana. Nós mandávamos as pessoas embora com dez livros, um saco de japa e prasada. Tudo, de uma vez, e eles começavam. Muitos deles depois se tornaram devotos. Nós costumávamos distribuir livros de forma rápida e eficiente, e quando achávamos alguém receptivo, nós passávamos muito tempo pregando.

Harinamananda Dasa: É muito mais satisfatório para o distribuidor se as pessoas apreciam os livros, portanto nós devemos tirar um tempo para explicar a elas a importância do conteúdo dos livros. Isso é importante. Depois de vender os livros, se nós abrimos os livros e falamos sobre eles, as pessoas verão que não estamos interessados apenas em vender os livros e pegar o dinheiro. As pessoas pensam: “Ele quer que eu entenda esses livros. Ele já tem o dinheiro. Ele não precisa gastar mais do seu tempo comigo, mas ele está dedicando esse tempo. “Então, eles ficam inspirados positivamente. Eles veem que nós também lemos os livros, sabemos deles, e estamos convencidos. Eles não esperam que um vendedor de livros saiba de seus livros tão bem. Essa atitude é importante para todos que desejam distribuir livros por um longo período. Num país pequeno, como a Suíça, onde a gente sempre encontra as mesmas pessoas, isso é ainda mais importante. Então, as pessoas não estão enganadas ou estressadas. Mesmo que as pessoas não estejam interessadas e não levem um livro, nós devemos evitar queimá-las. Nós devemos apenas manter-nos amigáveis. É importante chegar ao estágio de dar às pessoas instruções bramânicas. Eu conheço muitas pessoas que têm nossos livros, mas continuam comprando. É místico. As pessoas se purificam através da associação com esses livros. Krishna na forma desses livros não espera grandiosa adoração. O mestre espiritual explica que o Senhor fica satisfeito em sentar nas prateleiras dos apartamentos dessas pessoas. É melhor que ficar deitado num frio armazém. Portanto, os livros começam a difundir radiação transcendental, e todas essas pessoas se tornam purificadas.