Queridos devotos e devotas do Senhor,
Por favor, aceitem minhas reverências.
Glórias a Srila Prabhupada!

Tivemos um lindo festival de sankirtana no sul do país no mês de fevereiro. Festival muito inspirador com a presença de Jagad Vicitra, Paravyoma e Harakantha Prabhus. Foi muito inspirador ver devotos que participaram do início do movimento de sankirtana no Brasil, e, além disso, ver os devotos que mantêm acesa a chama do sankirtana nos dias de hoje. Ver essas duas gerações de devotos sankirtaneiros me fez entender o quão importante é a história, o reconhecimento e a compreensão clara da sucessão discipular.

Na fala dos pioneiros, pude ver como sempre tiveram a fé inabalável de que nosso movimento continuaria até a atualidade e que existiriam devotos como os que estão fazendo sankirtana hoje para dar continuidade a tudo, com a mesma fé e determinação.

Me fizeram imaginar a construção de uma ponte, uma ponte tão grande que levaria décadas, ou talvez milênios, para ficar pronta e auxiliar todos a atravessar o mar da ilusão e dos nascimentos e mortes. Os trabalhadores iniciais constroem o alicerce com a base mais profunda e sólida, seguindo a instrução do idealizador e engenheiro de tal ponte, no caso, o acharya-fundador Srila Prabhupada. Utilizando as histórias trazidas por Paravyoma Prabhu de quando os primeiros construtores vieram, quiseram colocar, na base, elementos que eram para estar nos corrimãos, pois não tinham a sustentabilidade necessária alertada pelo engenheiro, daí, na segunda leva de construtores, vieram com a determinação de usar a base deixada pelo engenheiro como alicerce na construção de nossa ponte em português, e imediatamente se deu ênfase à construção da fábrica desse alicerce, a BBT.

Então, tivemos um começo de construção dessa ponte, chamada ISKCON, sob base literária. Agora, sim, a ponte foi tomando forma e seguindo adiante sua construção. Sabemos que uma ponte tem o piso onde caminhamos, mas tem que ter corrimão e outras coisas do tipo, e, muitas vezes, até mesmo decoração. Então, é comum parar a construção do piso em alguns momentos, colocar os corrimões (sadhana, adoração às Deidades, distribuição de prasada, programas externos, kirtanas etc.), mas logo devemos retornar à base com força total, pois sabemos que é a parte principal para caminharmos com coragem e determinação, ou o que nos sustenta – nesse caso, a literatura. Vejo que hoje temos diferentes grupos de construtores, mostrando que estamos maduros nessa construção e devemos entender a importância de cada parte da ponte. Devemos nos esforçar para construir nossa parte forte e completa, para que as próximas gerações possam pegar nossos serviços e continuarem até o momento em que toda entidade viva possa usar essa ponte chamada ISKCON para poder voltar ao lar, voltar ao supremo.

Dito isso, gostaria de encerrar mais uma vez reconhecendo a importância dos devotos pioneiros, e dos devotos da atualidade também, em especial os sankirtaneiros, que, com tanta determinação, continuam essa grandiosa jornada de distribuir a maior misericórdia para a humanidade: o conhecimento transcendental através da literatura.

Desejo a todos uma ótima leitura, e peço a benção de todos para continuar minha parte na construção dessa ponte, junto de meus companheiros contemporâneos.

Vosso servo,
Nandakumara Dasa

Categorias: Editorial